"Boa tarde Exmos. Senhores,
No passado dia 6/07/2017
pelas 9.20h ocorreu um sinistro sito, na Rua XXXXXXXXXXXXXXX, Pontinha, com um
segurado V/. O V/ segurado entrou com a carrinha por uma moradia. No R/C dessa
moradia encontravam-se duas pessoas: Pedro XXXXXXXXXXXXXX e 41 anos e Joaquim XXXXXXXXXXXXXXX
de 6,5 meses. Ambos foram assistidos no local e enviados para o
Hospital Beatriz Ângelo tendo tido alta passado algumas horas.
Desde a data do acidente
cuja culpa foi assumida pela MAPFRE, já fomos alvo de duas peritagens de
recheio e três de obras, foi apresentado por nós uma listagem de bens
danificados e um orçamento de obras, sem que existisse uma decisão.
Compreendemos que se trata de uma situação delicada e que pode levar o seu
tempo, visto não ter existido mortos, também não existe um prazo de resposta.
Contudo, após várias tentativas falhadas de esclarecimentos com o Sr. Gonçalo XXXXXXXXXXXXXXX, sentimos a obrigação a recorrer a outras instâncias de forma a ver
esclarecidas todas as nossas dúvidas.
Caso não tenham conhecimento do processo,
informo que a habitação se encontra inabitável e o agregado nela residente em
situação clínica delicada. Situação esta que poderemos comprovar caso seja
necessário. O agregado é composto por dois adultos, um deles doente oncológico,
submetido a uma mastectomia no passado dia 6/07/2017 e na eminência de iniciar
Rádioterapia e um bebé de seis meses e meio, portador de uma anomalia congénita
e que necessita de acompanhamento clínico semanal. Informo também, para o caso
de ter passado despercebido ao Sr. Gonçalo XXXXXXXXXXXXXXX, que o agregado se encontra separado e a viver às custas da boa fé de
familiares.
É de lamentar que decorridos trinta e oito
dias do sinistro, após duas peritagens de recheio e três de obras, não exista
sequer uma resposta a todas as questões por nós colocadas e que reforçamos:
1 - Existe ou não direito a uma habitação
de substituição?
2 - Existe ou não direito ao pagamento dos
km´s extra que o lesado, Pedro XXXXXXXXXXXXXXX, tem de realizar diariamente para estar com a família?
3 - Existe ou não uma alternativa à
gratificação da Polícia de Segurança Pública, e que seja fornecida pela V/
seguradora? Como deverão compreender, o pagamento diário de gratificação no
valor de 340,00€ é incomportável. A habitação encontra-se sem barreira de
segurança (muro e parede) que foram destruídos pelo V/ segurado, já tendo sido
alvo de tentativa de furto.
Todas estas questões já foram anteriormente
colocadas ao Sr. Gonçalo XXXXXXXXXXXXXXX, que nunca teve a amabilidade em nos esclarecer e continuamos a aguardar.
É de lamentar que numa troca de
correspondência eletrónica inicial, sejamos catalogados de “aproveitadores” e
toda uma postura arrogante com que temos sido tratados pela MAPFRE através do
seu representante Sr. Gonçalo XXXXXXXXXXXXXXX. É de lamentar que para ver-mos as nossas dúvidas esclarecidas tenhamos de
nos deslocar à V/ sede. É de lamentar o lesado Pedro XXXXXXXXXXXXXXX ter de pernoitar sozinho numa habitação
destruída pelo sinistrado de forma a proteger os poucos bens que sobraram e que
nesta fase são da V/ responsabilidade. É de lamentar um agregado que se
encontra a passar por uma situação clínica tão delicada, ter de residir nestas
condições. É de facto de lamentar!
Porque entendemos que trinta e oito dias
são suficientes para uma tomada de decisão, porque a habitação não pode
continuar vulnerável e a correr risco de furto, porque este agregado tem o
direito de viver com dignidade, porque a postura perante os factos não tem sido
a mais cordeal, iremos aguardar com expectativa uma resposta até sexta feira,
dia 18/08/2017. Na ausência de resposta avançaremos com a proteção da habitação
tendo como referência o orçamento da empresa XXXXXXXXXXXXXXX, que V/ foi enviado e não foi declinado por V/ Exmas.
A presente exposição bem como toda a
documentação anexa, será encaminhada numa primeira fase com conhecimento da
Associação Portuguesa de Seguradores e da Autoridade de Supervisão de Seguros e
Fundos de Pensões. (...)"
Este foi o trabalho de hoje. Ingrato, muito ingrato. Julgava eu que seria um processo de fácil resolução, como sou ingénua... Da próxima vez não falo bem deles na TV!
O desprezo com que temos sido tratados é indescritível, só visto. Parece que somos uns aproveitadores. É verdade, assim que receberam os orçamentos definiram o processo como "uma tentativa clara de aproveitamento". Claro está, aqui que ninguém nos ouve fomos nós que pagámos ao Sr. Zé para lá ir bater com a carrinha e para tornar tudo mais credível o Super-Homem ficou lá dentro com o Pintainho...
Não me choca tanto a demora, choca-me sim a pequenez e arrogância das pessoas e este "Gonçalinho" tem muito que aprender da vida. Este "Gonçalinho" é tão seguro de si e da sua razão que se recusa a enviar mails, recusa-se a formalizar o pedido de mais uma peritagem, mas não tem problemas nenhuns em formalizar essa recusa. Ainda se acha no direito de nos ameaçar com o tribunal... Oh "Gonçalinho" QUEM TEM A CASA PARTIDA SOMOS NÓS!!!!! Este "Gonçalinho" é daqueles que dá vontade de o deitar nas pernas e dar uma réguadas no rabo à moda antiga.
Não sabemos quanto mais tempo vamos ficar assim. Não sabemos se temos de recorrer a instâncias superiores para reaver o que estava dentro daquelas paredes. Não sei quantas mais noites vou dormir sem o Super-Homem ou quando vou poder dormir sem me preocupar se entrou alguém dentro de casa ou não.
É caso para dizer que há seguros que nos seguram pouco e este não nos segura nada!
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