Tenho o Gervásio ao colo. Sim, leram bem, aqui está o Gervásio cortadinho às tiras e conservado em parafina.
O resultado do estudo genético já saiu e o meu P53 está bem de saúde. O meu gene estrela continua uma estrela!
Bem, se por um lado o teste ilibou o gene estrela, por outro acusou uma mutação num gene vizinho e fiquei a saber que tenho Síndrome de Lynch.
Em traços muito gerais a Síndrome de Lynch é uma condição hereditária que aumenta o risco de cancro de cólon e outros tipos de cancro. Síndrome de Lynch tem sido conhecida como cancro colorretal hereditário sem polipose.
E chega, não me perguntem que eu cá não sei mais nada! Não sei, não quero saber mas também não tenho raiva de quem sabe.
Este texto nem devia estar aqui no blog, porque não acho nada comum, uma pessoa ter cancro de mama e uma mutação no gene associado ao colorretal... Isto não é frequente pois não?...
Eu quando soube o resultado não chorei. Primeiro fiquei confusa e depois veio o riso. Isto não me faz qualquer sentido e por isso dá-me vontade de rir.
Como a palavra "hereditário" está aqui pelo meio, tive de ir buscar o Gervásio para se fazer mais uns testes. O Gervásio foi levantado do seu jazigo com vista rio para ir para as mãos do patologista, foi exumado portanto.
Confesso que se abateu sobre mim uma grande curiosidade. Estava louca e com formigueiros nas mãos para abrir o envelope e o olhar nos olhos. Mas resisti com todas as minhas forças sobre pena que nunca mais dormir depois de olhar para ele. Assim continuo com a imagem que fui desenvolvendo ao longo destes meses todos. Como dois namorados, daqueles namoros por carta que nunca se vêm até ao dia de casar.
Ainda há dúvidas que sou uma ave rara?
Acho que terminámos as coisas comuns e passámos às incomuns. Mas não vou pensar mais nisso.
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